O suspense acabou e o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, anunciou nesta sexta-feira a prorrogação de contrato do goleiro Rogério Ceni até o fim do ano. O vínculo anterior era válido até o começo de agosto e com o acordo assinado pelo capitão na noite de quinta-feira, o atleta de 42 anos vai defender o clube até o fim da temporada e lutar pelo título inédito da Copa do Brasil e também pela chance de ganhar pela quarta vez o Campeonato Brasileiro.
As negociações já se arrastavam pelas últimas semanas e além do interesse de Rogério Ceni e do clube, o novo técnico do time, Juan Carlos Osorio, também foi voto favorável à renovação do contrato. “Já vinhamos conversando, falei com o professor (Juan Carlos) Osorio sobre isso também e óbvio que houve total aceitação. O técnico conversou com ele também”, explicou o presidente nesta sexta-feira, em entrevista no CT da Barra Funda.
Aidar ressaltou a importância de Rogério Ceni para o elenco e explicou que a prorrogação da carreira do jogador também será útil para o marketing do clube. “Vamos aproveitar com essa renovação para que ele colabora com as ações de marketing do São Paulo. O Rogério Ceni tem um contrato de imagem, onde ele faz essa cessão ao clube e isso continua acontecendo”, disse.
O goleiro tinha contrato até 6 de agosto, data estipulada no fim do ano passado somente para a disputa da Copa Libertadores. Com o time eliminado nas oitavas de final, Ceni chegou a cogitar manter a aposentadoria para a data programada, mas diante das boas atuações resolveu aceitar a prorrogação da carreira. Também pesou a ausência no elenco atual de um substituto pronto para assumir a posição de titular. O reserva imediato, Dênis, se recupera de cirurgia no ombro direito e só deve ter condições de jogar em agosto e o outro candidato, Renan Ribeiro, só fez um jogo pelo clube.
Ceni está no clube desde 1990, quando se transferiu do SinopMT. O goleiro é titular desde 1997, quando substituiu Zetti, e a partir de 2005 ganhou os principais títulos da carreira. Foram três Campeonatos Brasileiros, uma Libertadores, uma Copa SulAmericana e um Mundial de Clubes. O capitão é ainda o 10º maior artilheiro da história do Tricolor, ao lado de Raí, com 128 gols marcados (61 de falta, 66 de pênalti e um com a bola rolando).
Do Estadão Conteúdo