A cidade de Cajazeiras, no Sertão paraibano e a 450 km de distância de João Pessoa , está chamando a atenção da polícia pela quantidade de drogas apreendida nos últimos meses. Segundo a polícia, o município já é tratado como rota do tráfico de drogas.
De acordo com o delegado responsável por encabeçar várias ações contra o tráfico na cidade, George Wellington, Cajazeiras está em um ponto estratégico. “É uma região que está próxima a três estados e além do mais é vizinha da BR-116, que é uma rodovia de integração nacional que sai do Nordeste e vai até o Sul do país”, explica.
Uma das maiores apreensões de maconha em 2015 na Paraíba foi na cidade sertaneja. No dia 7 de agosto, cerca de 800 kg foram apreendidos em um teto falso de um caminhão baú, que saiu da Bahia. Além disso, também foi apreendida uma motocicleta, um espingarda calibre 12 e munições.
“Essas drogas, ao chegarem na cidade de Cajazeiras, são depositadas em residências, tanto na área urbana como na área rural, e daí esse material é distribuído pouco a pouco na cidade e em outras circunvizinhas”, explica George Wellington.
Para o secretário estadual de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, o consumo e venda de drogas no interior têm preocupado. “Há um fenômeno que nos preocupa que é a interiorização do tráfico e do consumo. Antigamente, a visão que nós tínhamos era de que Cajazeiras era uma passagem para a capital. Hoje a gente não tem dúvidas que uma grande parcela dessa droga que fica no Sertão”, diz.
Uma das últimas apreensões em Cajazeiras foi no dia 13. As polícia Civil e Militar fizeram operações e apreenderam mais de 100 kg em duas casas. Em uma casa, foram achados 87 kg de maconha em tabletes e mais quatro quilos de cocaína em pasta. Já em outra ação, foram encontrados 20 kg de maconha e 103 pinos de cocaína.
O comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, que fica em Cajazeiras, Coronel Cunha Rolim, afirma que as drogas impulsionam outros crimes. “O tráfico de drogas tem sido a mola mestra da criminalidade. Ela induz o crime contra a vida, induz a violência patrimonial, no momento que o pequeno assaltante de rua rouba um celular, rouba uma bolsa, faz um pequeno assalto. Tudo isso tem influência do tráfico de drogas”, diz.
Do G1 Paraíba