A Polícia Civil apresentou na manhã desta sexta-feira (19), em João Pessoa, as duas pessoas suspeitas de matar a enfermeira Elizabeth Costa, de 60 anos, em dezembro de 2015. Um homem de 40 anos e uma jovem de 19 anos foram presos na tarde da quinta-feira (18). O crime aconteceu na casa da vítima, no bairro do Cuiá na capital. A enfermeira foi morta com 38 facadas.
Segundo o delegado Reinaldo Nóbrega, a prisão foi feita por agentes da delegacia de Homicídios de João Pessoa com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco. O homem foi preso em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, e a jovem foi presa na casa dela, no bairro do Geisel, na capital paraibana.
A apresentação dos suspeitos aconteceu durante uma entrevista coletiva na sede da Polícia Civil. Segundo a delegada Maria das Dores Coutinho, responsável pelo inquérito, as provas levantadas pela polícia apontam que o homem foi até a casa da vítima já com a intenção de cometer o crime.
“Em depoimento, entendemos que ele já foi à residência planejando executar a enfermeira. Para isso, ele convenceu sua inquilina a ir até a casa da vítima chamá-la e, nesse momento, ele apareceu, entrou na casa e executou o assassinato. Segundo o que apuramos, a motivação para o crime está ligada a um envolvimento amoroso existente entre a companheira do suspeito e o filho da vítima. O suspeito entendia que a enfermeira poderia ter evitado o relacionamento extraconjugal”, disse a delegada.
Relembre o caso
O crime aconteceu na manhã do dia 8 de dezembro, quando a jovem chamou a idosa na casa e em seguida o suspeito entrou na residência. De acordo com a Polícia Civil, dentro da casa a idosa ainda chegou a fornecer água para ele e após minutos de conversa, o homem teria esfaqueado a enfermeira. A ação durou cerca de oito minutos e Elizabeth ainda teria tentado se esconder em um quarto.
Ainda de acordo com Maria das Dores, o isolamento no local do crime foi essencial para coletar o máximo de material necessário para que exames realizados pela perícia pudessem identificar os suspeitos. “Em dois meses de investigação tivemos acesso às imagens de câmeras de segurança próxima a residência da vítima, recuperamos a bermuda que o suspeito usava e ainda a faca usada na ação”, disse.
Gisleide Bastos, perita criminal do laboratório de DNA da Paraíba afirmou que os exames feitos no material coletado ajudaram no trabalho de identificação. “Nas vestimentas do suspeito foi encontrado sangue da vítima e na faca foi encontrado perfil genético do suspeito, isso ajudou bastante a delimitar o caso e apontar as participações no assassinato”, avaliou.
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos vão responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e crueldade na ação. A dupla será encaminhada para unidades prisionais do estado, onde devem aguardar decisão judicial.
Do G1 Paraíba