O senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) solicitou proteção à Polícia Federal após ter sido, segundo ele, ameaçado de morte por duas vezes. O político, que também é presidente do PSDB no senado, diz ter recebido duas cartas com as ameaças. As informações são da coluna Poder, da Folha de S. Paulo.
Conforme Cássio, os documentos diziam que ele não passaria o Natal vivo, caso confirmasse o voto favorável ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
As duas cartas foram postadas em Fortaleza, no Ceará. Uma delas foi enviada para o gabinete do parlamentar, em Brasília, e a outra para o escritório de representação, em João Pessoa.
O senador explicou que o material foi entregue à Polícia Federal e que as investigações dirão se vai ser preciso algum tipo de proteção especial para Cássio Cunha Lima. “Foram duas cartas, postadas de Fortaleza, uma enviada para o gabinete, em Brasília, e outra para o escritório de João Pessoa. A PF irá investigar”, disse. Apesar de o conteúdo das duas correspondências serem idênticas, a enviada para Brasília chegou 15 dias.
No senado, Cássio integra a linha de frente dos defensores do impedimento da petista e votou a favor do seguimento do processo na fase de pronúncia. O senador paraibano também pretende votar a favor do afastamento em definitivo da presidente na fase final do processo, prevista para ocorrer no fim deste mês. Dilma é acusada de ter praticado crime de responsabilidade durante o segundo mandato e ter permitido gastos sem a autorização do Congresso. Caso deixe o poder, Michel Temer (PMDB-SP) será efetivado no cargo.