O jovem paraibano Carlos Antônio dos Santos Freitas, de 28 anos, que pesa 420kg, foi transferido na madrugada desta quinta-feira (9) de Patos, no Sertão da Paraíba, para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no Recife. Carlinhos, como é conhecido, foi colocado em uma van com a ajuda de equipes do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Por causa do peso, ele não consegue se deitar ou andar e vive há mais de dois anos sentado no chão da sala da casa.
Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros Laurentino da Silva, a operação começou no início da madrugada. “Nós encaminhamos duas equipes com oito homens para ajudar na transferência. Usamos uma maca flexível ultra resistente para transportá-lo até a van. Foi tudo muito tranquilo”, explicou.
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Ainda de acordo com o tenente, todos os assentos da van foram retirados para que o jovem fosse transferido com segurança. Uma equipe de médicos e enfermeiros também participou, mas Carlinhos não teve nenhuma sequela e viajou para a capital pernambucana por volta das 2h. No hospital do Recife, ele vai receber atendimento psiquiátrico, psicólogo e nutricional.
Entenda o caso
O paciente tem mais de 400kg e diversos problemas de saúde. De acordo com o médico Pedro Augusto Dias, que acompanha o caso há cinco anos, Carlinhos tem diabetes, pressão alta, problemas respiratórios, de pele e urinários. Por causa do peso, não consegue se deitar ou andar e vive há mais de dois anos sentado no chão da sala da casa. Para poder fazer a cirurgia bariátrica, o jovem tem que perder peso.
Segundo a mãe de Carlinhos, Cacilda Patrocínio dos Santos, desde criança que ele já apresentava aumento no peso, mas a situação se tornou crítica a partir da adolescência. “Depois dos 15 anos que ele foi notando que foi ganhando peso muito rápido”, disse. Cacilda ainda explica que o caso de Carlos Antônio tem um agravante pois ele sofre de problemas mentais e tem uma séria compulsão por comida. “Ele pede comida de instante em instante. Se eu fosse dar, ele não estava mais nem aqui”, comenta.
Do G1 Paraíba