A decisão de Tite de colocar seu próprio filho na comissão técnica da seleção brasileira voltou a ser tema de pergunta na coletiva de imprensa após o empate por 0 a 0 nesta terça-feira (18), contra a Venezuela em Salvador, pela 2ª rodada da fase de grupos da Copa América. O treinador foi questionado se o nepotismo é um bom exemplo para a sociedade e se isso não contraria o discurso ético dele próprio.
O fato de Matheus Bacchi estar na comissão técnica tem ficado cada vez mais em evidência por conta de sua ascensão na hierarquia. Depois da saída de Sylvinho para dirigir o Lyon, ele passou a ser o número 2 do técnico, só atrás de Cleber Xavier.
Um reflexo dessa mudança é que Matheus passou a ficar no banco de reservas, com contato direto com os jogadores. Antes, ele ficava nas tribunas, se comunicando com a comissão pelo rádio, como foi durante a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.
“Eu tenho muito orgulho da capacidade que o Matheus tem. Ele está guinado em posições em que tem condições para estar”, analisou Tite. Pouco depois da resposta, ele olhou para seu filho, que estava sentado na primeira fileira da sala de coletivas.
Quando um outro repórter começava a fazer a pergunta, o gaúcho interrompeu. “Ele foi campeão brasileiro de uma maneira histórica no Corinthians. Tem história comigo”, completou.
A presença de Matheus na comissão virou debate desde a entrada de Tite na seleção, em 2016. Na época, os bons resultados e os debates sobre a saída de Dunga abafaram o tema.
Vale destacar que a atitude contrariava o código de ética da própria CBF, que não permitia a contratação de parentes. Para diminuir o problema, a entidade “atualizou” suas regras e permitiu a prática no departamento de futebol. Com informações do UOL/FOLHAPRESS.