A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) liberou, na segunda-feira (7), a comercialização do suco industrializado de cajá da marca Maratá, embalagem 200 ml. A venda do lote B 1405 do produto tinha sido suspensa após uma criança de 7 anos ter sido internado com crise convulsiva depois de ter ingerido o suco. Em laudo, o Instituto de Polícia Científica (IPC) constatou a presença de veneno na caixa específica consumida pelo menino, mas não no lote.
De acordo com a Agevisa, o órgão tinha realizado a interdição cautelar no dia 25 de outubro. Agora, após o resultado da perícia, que descartou envenenamento na fabricação, o produto teve a venda liberada.
A criança deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande no dia 21 de outubro, de acordo com a direção. Ele teve uma crise convulsiva após se sentir mal depois de tomar a bebida na escola onde estuda em Lagoa Seca. Devido ao quadro clínico grave, o menino precisou da ajuda de aparelhos para respirar. No dia 30 do mesmo mês ele recebeu alta médica.
Investigação segue
A Polícia Civil está investigando se a intoxicação do suco foi criminosa. Segundo o delegado seccional de Campina Grande, Iasley Almeida, a polícia quer descobrir se o veneno entrou na caixa de maneira acidental – o que pode ter ocorrido nas condições de armazenamento – ou se alguém colocou veneno na caixa de suco da criança.
“As confirmações sobre os sintomas de envenenamento na criança já tinham chamado a atenção da Polícia Civil. A primeira hipótese a ser estudada foi de falha no processo de fabricação, mas isto foi descartado após os exames do IPC. Foram analisadas a caixa de suco que o menino tomou e outras lacradas, do mesmo lote, mas nada foi encontrado nessas coisas. Agora vamos investigar se esse veneno entrou na caixa de maneira acidental, ou se alguém injetou de maneira criminosa”, disse ele.
Segundo a chefe do IPC de Campina Grande, Raquel Azevedo, não foi possível identificar se a caixa sofreu algum tipo de perfuração para inclusão do veneno. “A caixa de suco que o menino tomou foi resgatada do lixo da escola e estava bastante deteriorada. Isso nos impediu de perceber se ela tinha algum furo como, por exemplo, de uma seringa”, explicou ela.
Do G1 Paraíba