Artistas paraibanos celebram Dia Nacional do Teatro: ‘verdadeiramente a nossa casa’

O teatro paraibano tem ganhado cada vez mais força no cenário artístico nacional. Nomes como Marcélia Cartaxo, Thardelly Lima, Zezita Matos e tantos outros são cada vez mais repercutidos em festivais e grandes eventos Brasil a fora. Por isso, esta segunda-feira (19), Dia Nacional do Teatro, é mais uma data a ser celebrada.

Algumas conquistas recentes marcam a força do teatro paraibano. No último mês de agosto, os atores Marcélia Cartaxo e Fernando Domingos Júnior conquistaram prêmios no Festival de Cinema de Gramado, considerado o principal festival do país.

Marcélia Cartaxo conquistou pela segunda vez na carreira o Kikito de melhor atriz de longa-metragem pela atuação no filme “A Mãe”. O também paraibano Fernando Domingos Júnior levou o prêmio de melhor roteiro de curta-metragem por “O Pato”.

Pacarrete é estrelado pela atriz Marcélia Cartaxo — Foto: Divulgação

Pacarrete é estrelado pela atriz Marcélia Cartaxo — Foto: Divulgação

Além dos prêmios obtidos em festivais, o teatro paraibano também tem sido escola para atores que desejam trilhar caminho pelo mundo das telenovelas. Nomes como Thardelly Lima, Suzy Lopes e Nanego Lira, naturais de Cajazeiras, no Sertão Paraibano, começaram no teatro e estão no ar com a novela das 6h da Globo, ‘Mar do Sertão’.

Leandro Lima também está na lista de paraibanos que passeiam pelos palcos e pelas novelas. Ele viveu Levi na novela das 9h da Globo, ‘Pantanal’, e atualmente está no elenco de Gastligh, última peça dirigida por Jô Soares.

“O teatro é a verdadeira casa do ator”. É onde o ator tem mais liberdade de trabalhar, então estar no teatro é uma necessidade”, diz Leandro.

Elenco de 'Gaslight', última peça de Jô Soares — Foto: Divulgação

Elenco de ‘Gaslight’, última peça de Jô Soares — Foto: Divulgação

Ainda segundo Leandro, o aconchego do teatro para os atores está relacionado à sua temporalidade. Isso porque, no teatro, não dá pra voltar atrás. Os personagens interagem com a plateia ao vivo, sem cortes. É “a arte viva”, de acordo com o ator.

“No caso de quem trabalha no audiovisual como eu, [o teatro] é uma ferramenta importante. Ali é o ator e a plateia, não tem corte, então tem que estar muito presente, muito vivo pra que tudo aconteça. A primeira casa do ator é o teatro, então lá está a importância de tudo”, relata.

Leandro Lima em Gastlight — Foto: Divulgação

Leandro Lima em Gastlight — Foto: Divulgação

Para Eneida Angra Maracajá o teatro também é vida. Ainda menina, aos 5 anos, Eneida foi apresentada ao mundo do teatro por uma professora, Apolônia Amorim.

“Ela (a professora) me introduziu na dramatização. Eu ainda menina cantava, declamava, fazia pequenas apresentações no Cine Capitólio, aqui em Campina Grande”, diz.

De lá pra cá, milhares de pessoas conheceram a Eneida atriz e, sobretudo, educadora teatral, que não apenas ensinou sobre cultura mas também se consolidou como uma das principais defensoras do meio em Campina Grande e em toda a Paraíba.

“Na vida toda sou professora do teatro. Me considero uma educadora cultural e acredito no poder revolucionário do teatro. Como arte, ele carrega todas as artes, e essa é a minha bandeira de luta”, afirma.

 

Abertura da 44ª edição do Festival de Inverno de Campina Grande no Teatro Municipal — Foto: Divulgação/FICG

Abertura da 44ª edição do Festival de Inverno de Campina Grande no Teatro Municipal — Foto: Divulgação/FICG

Há 47 anos Eneida idealizou o Festival de Inverno de Campina Grande, um dos principais aparelhos culturais da cidade. Também viu nascer o Teatro Municipal Severino Cabral e hoje enxerga a expansão do meio artístico paraibano como algo que também ajudou a plantar.

“Sou inteiramente apaixonada pelo teatro. Teatro é a minha fé! É uma arte poderosa como instrumento da educação, que transforma, que liberta, humaniza, que me sustentou em todos os momentos”, finaliza.

De Manchete PB
com G1 Paraíba

Compartilhe