Bolsonaro volta a dizer que todo “cidadão de bem” deve adquirir armamento

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o armamento da população. “Somente os ditadores temem o povo armado”, disse ele em discurso na 48ª Edição da Expoingá, em Maringá (PR). O presidente alegou ainda que uma população armada evita “interesses externos na Amazônia”.

“Dizer, não só ao homem do campo, mas aos homens e mulheres da cidade, que nós implementamos e muito o direito da posse e do porte de armas para vocês. Tenho presente comigo o atual ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, e o meu último ministro da Defesa, general Braga Netto, que bem sabem a importância que uma nação bem-armada é uma forma de evitar qualquer interesse externo sobre a sua pátria. E o Brasil tem uma área que é cobiçada por muitos países que é a nossa região amazônica”.

“E para vocês, família brasileira, a arma de fogo é uma defesa da mesma e é um reforço para as nossas Forças Armadas porque um povo de bem armado jamais será escravizado”, disse, sendo ovacionado ao som de gritos de “mito, mito”. Ele externou ainda o desejo de que todo “cidadão de bem” adquira uma arma de fogo, para resistir ao que caracterizou de “tentação de um ditador de plantão”. No entanto, o presidente não detalhou a quê se referia.

“Somente os ditadores temem o povo armado. Eu quero que todo cidadão de bem possua sua arma de fogo para resistir, se for o caso, à tentação de um ditador de plantão. Ninguém mais do que esse presidente, diferentemente do que a grande mídia diz, é defensor da nossa Constituição e da nossa liberdade”, justificou.

Bolsonaro afirmou ainda que seu governo “não aceita provocações”. No entanto, o chefe do Executivo não especificou a que se referia e, em indireta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falou em “ameaça de comunização”. “Vocês sabem que pior que uma ameaça externa é uma ameaça interna de comunização do nosso país. Nós não chegaremos à situação em que vive atualmente a Venezuela.”

Bolsonaro falou sobre a guerra na Ucrânia também. “Sei que no Paraná tem uma grande comunidade de ucranianos, nossos irmãos que nós recebemos de braços abertos. Dizer a vocês que este governo, mesmo em silêncio ou em contatos variados, tudo fazemos para que a paz seja restabelecida no país de origem de vocês. Não queremos mortes, queremos paz. E nós, cada vez mais, mais do que nos preocuparmos, nos preparamos para que, dessa forma, a paz em nossa terra, em nosso Brasil, seja mantida”, apontou. No último dia 12, ele também falou sobre o assunto: “Meu partido é o Brasil”, disse, repetindo discurso de “neutralidade” em relação ao conflito.

Do ManchetePB
Com Portal 25 Horas

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