Um bombardeiro dos EUA de longo alcance sobrevoou este domingo a Coreia do Sul, em uma demonstração de força do Exército americano após o suposto teste de uma bomba de hidrogênio realizado pela Coreia do Norte.
O Stratofortress B2, bombardeiro que pode transportar armas nucleares, sobrevoou brevemente a base área militar de Osan, a cerca de 70 quilômetros ao sul da fronteira coreana, antes de regressar à sua base.
O avião usado na operação do Exército americano é usado com frequência em exercícios militares anuais conjuntos entre EUA e Coreia do Sul. No entanto, estes episódios raramente são divulgados. O último caso ocorreu em 2013, depois do terceiro ensaio nuclear norte-coreano.
A Coreia do Norte afirmou na última quarta-feira que realizou com sucesso um teste da bomba de hidrogênio. O anúncio suscitou uma onda de protestos internacionais, embora muitos especialistas contestem que foi este o armamento desenvolvido por Pyangyang.
A bomba de hidrogênio é muito mais potente do que uma bomba atômica comum, e sua construção contraria a resolução da ONU que proíbe a Coreia do Norte de desenvolver um programa nuclear.
O ditador norte-coreano Kim Jong-un afirmou este domingo à KNCA, agência oficial do país, que o ensaio nuclear é “uma medida de autodefesa para garantir efetivamente a paz na península coreana e a segurança regional frente aos riscos de uma guerra nuclear provocada pelos imperialistas conduzidos pelos EUA”.
“Trata-se do direito legítimo de um Estado soberano, de uma ação justa que ninguém pode criticar”, alegou.
Kim Jong-un visitou unidades das Forças Armadas do país para parabenizá-las pelo “sucesso” do teste nuclear.
O inesperado teste da bomba de hidrogênio irritou até a China, o aliado mais próximo da Coreia do Norte.
A Coreia do Sul reagiu ao anúncio da nova arma difundindo mensagens de propaganda na fronteira com o país rival, que respondeu afirmando que a península se encontra “à beira da guerra”.
Com O Globo