A Polícia Civil da Paraíba confirmou no início da noite desta segunda-feira (22) que o veículo encontrado carbonizado em um canavial na zona rual do município de Pedras de Fogo, no Litoral Sul do estado, pertence a uma das mulheres que foram sequestradas em João Pessoa no último sábado (20) e estupradas em Pernambuco. Uma das vítimas, de 42 anos, morreu e outra de 31 anos, ficou ferida e está hospitalizada. A criança foi socorrida em um hospital da região de Goiana e recebeu alta ainda no domingo (21).
Por telefone, o superintendente da Polícia Civil da região metropolitana de João Pessoa, Marcos Paulo Vilela, disse apenas que a carcaça queimada do veículo foi periciada e a informação sobre a propriedade do carro foi confirmada. O delegado disse que nenhuma outra informação poderia ser divulgada para não comprometer o andamento das investigações.
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Nesta segunda-feira (22), a vítima que sobreviveu foi transferida do Hospital Miguel Arraes para o Hospital Memorial São José, no Recife. Segundo a unidade hospitalar, o estado de saúde dela está sendo divulgado apenas para familiares. A criança já recebeu alta e está com parentes. Após ser socorrido, o bebê foi encaminhado para o Hospital Belarmino Correia, em Goiana. De acordo com a unidade, ele chegou com muita fome, picadas de insetos, mas sem ferimentos graves. O corpo da outra vitima foi levado para a cidade de Juazeiro, na Bahia. Familiares informaram à TV Cabo Branco que o enterro está previsto para acontecer nesta terça-feira (23).
Denúncia anônima
Segundo o tenente Aquino Silva Júnior, o carro foi encontrado após a polícia receber uma denúncia de um veículo queimado no meio de um matagal. Segundo o tenente, não foram encontrados outros objetos que pudessem ajudar as investigações da polícia.
Depoimento dos maridos
O delegado Marcos Paulo Vilela, superintendente da Polícia Civil da região metropolitana de João Pessoa, disse que conversou com os maridosdas duas mulheres vítimas do crime.
“Eles disseram que a convivência em ambas as famílias era tranquila, que eles não tinham nenhum problema profissional, nem as vítimas nem os maridos. Por isso essa situação de vingança, que não está descartada, estaria com probabilidade mínima de ter sido a causa desses crimes bárbaros”, disse.
Marcos Paulo também destacou que alguns detalhes estão sendo resguardadas para não atrapalhar a investigação, já que se trata de crime sexual. Conforme Marcos Vilela, o caso está sendo investigado como latrocínio (roubo seguido de morte).
“O que é importante é que nós cheguemos aos autores do crime para a partir daí chegarmos aos motivos do crime”, destaca. Ele informou que os delegados Roberta Neiva e Walter Brandão foram oficialmente designados para acompanharem o caso.
Com G1 Paraíba