O contrato assinado entre Santos e Neymar prevê o pagamento de pelo menos R$ 105 milhões ao astro, por meio da empresa do pai do meia-atacante, durante os cinco meses de contrato, segundo publicado pelo UOL e confirmado pelo ge.
O valor terá de ser pago ao jogador, independentemente da arrecadação, até o fim do vínculo, em 30 de junho.
No contrato que selou o retorno do meia-atacante ao clube do coração, ficou acertado que o salário bruto, que consta na carteira de trabalho, é de R$ 4,14 milhões.
Essa é só parte da remuneração de Neymar. Ele tem direito ainda a, no mínimo, US$ 15 milhões (equivalentes a cerca de R$ 85 milhões), referentes a projetos de marketing e exploração da imagem.
Dos patrocínios comercializados após a chegada do craque, 75% do valor devem ser repassados para Neymar. Só 25% ficam com o Santos. O patrocínio máster, com a casa de apostas 7K, que prevê R$ 105 milhões ao clube, está incluído.
Essa divisão de receitas continuará por um ano depois do vínculo atual, para todos os contratos assinados até 30 de junho.
Os R$ 85 milhões de projetos de marketing e exploração de direitos de imagem precisarão ser quitados até o fim do contrato, em 30 de junho, independentemente das receitas arrecadadas pelo Santos com a exploração da imagem de Neymar.
Procurada pelo ge, o Santos informou que não irá se pronunciar, em razão das cláusulas confidenciais do contrato. A NR Sports, de Neymar, respondeu não ter nada a declarar.
Desde a chegada do camisa 10, que assinou contrato em 31 de janeiro, o Santos ampliou as receitas de patrocínios em R$ 66 milhões, entre acordos fechados e outros em finalização.
Desse montante, R$ 49,5 milhões seriam destinados a Neymar. É cerca da metade da meta estipulada em contrato.
O departamento de marketing negocia outros dois acordos que, segundo a projeção do clube, podem elevar a ampliação de receitas para até R$ 73 milhões.
Se o Santos não conseguir arrecadação com os projetos envolvendo Neymar, terá de complementar o que faltar com recursos próprios. Por outro lado, se a meta de R$ 85 milhões for atingida, o craque continuará tendo direito a 75% de novas receitas ou aumento em receitas já existentes.
Mesmo com um mês e meio para o término do contrato com Neymar, a diretoria do Santos sustenta que conseguirá arcar com os R$ 85 milhões devidos ao craque.
Outras receitas, não relacionadas a patrocínios, entram nessa engenharia financeira: o salto na arrecadação do Sócio Rei, que era de R$ 2,5 milhões em janeiro e chegou a R$ 4,2 milhões em fevereiro, o que elevou a projeção de faturamento em R$ 20 milhões no ano; os ganhos com produção de conteúdo na internet, estimados em R$ 11 milhões para 2025; e uma porcentagem devida ao Santos em patrocínios pessoais de Neymar.
GE