A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta terça-feira (8) ministros para reunião de coordenação política do governo no Palácio do Planalto.
O grupo é formado pelos ministros mais próximos de Dilma e se reúne no início de toda semana para avaliar o cenário político e definir estratégias que deverão ser adotadas pelo governo nos próximos dias.
Desde que deixou a articulação do Executivo com o Congresso há duas semanas, o vice-presidente Michel Temer, não tem participado do encontro, que acontece semanalmente. Ele viajou para São Paulo na tarde de segunda-feira (7) após acompanhar o desfile do 7 de setembro em Brasília e voltará à capital federal no fim da manhã desta terça.
No último dia 24, o vice deixou o “varejo” do dia a dia articulação política (negociações de cargos e emendas com parlamentares) para se dedicar à “macropolítica”. Membros do PMDB, partido de Temer, entre os quais o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diziam que ele tinha o trabalho de articulador político “sabotado” pelo PT, partido da presidente Dilma.
À noite, Temer reunirá a cúpula do PMDB em um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência. São esperados seis dos sete governadores do PMDB, além dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O objetivo é discutir a crise nos estados que enfrentam dificuldades com a falta de recursos.
Na semana passada, uma declaração de Temer causou mal-estar no governo ao dizer que, se a presidente Dilma Rousseff mantiver os atuais índices de popularidade, será “difícil” resistir a mais três anos e meio de governo.
No domingo (6), para contestar reportagens publicadas no fim de semana, a assessoria de Temer divulgou uma nota em que repudiou as “teorias” de que ele agiria como conspirador e afirmou que a “divisão” e a “intriga” agravam a crise política e econômica.
Do G1