Dorival explica trocas na Seleção e como amenizar pressão: “Não estamos longe do equilíbrio”

Dorival Júnior explicou seus planos com as mudanças previstas na seleção brasileira para o jogo desta quinta-feira, às 21h (de Brasília), contra o Chile, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo.

Abner e Igor Jesus serão novidades entre os titulares, e Bruno Guimarães, que começou nove dos dez jogos sob o comando desta comissão técnica, deixa a equipe. Na avaliação do treinador, o desempenho no treino com a nova formação gera expectativa de que o desempenho melhore.

– É um grupo que se dedica, está muito preocupado com essa condição que estamos, que está interessado em modificar esse padrão. É dessa forma que acho que podemos encontrar esse caminho. Eu confio muito nessa garotada. Pelo trabalho e pela dedicação, não estamos longe desse equilíbrio – completou.

Apenas na quinta colocação nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, a seleção brasileira tem três vitórias, um empate e quatro derrotas na competição. Ao ser perguntado se os resultados tornam sua situação instável na CBF, Dorival respondeu:

– Sejam eles clubes de Séries A, B, C, D… Se você está nesse meio, tem que vivenciar tudo isso. E tem que aprender com o tempo, é natural. Preocupa? É óbvio. Mas quando assumi, o maior número de perguntas era no sentido de uma renovação. “Dorival, vai existir uma renovação na Seleção?”. Vai existir.

– Acho que está sendo construída uma equipe, e toda construção passa por essas oscilações. O brasileiro nunca aceita que sua seleção passe por um momento como esse. Mas volto a falar: para a gente chegar forte na frente, precisamos também sentir um momento como esse para que a gente saiba ter resiliência. É bom? Não, é horrível, não gostaria que fosse comigo. Porém, está acontecendo. Assim como estamos essa condição há um ano e meio, dois. Não é uma situação nova. Por isso que precisamos que todos entendam um pouco mais o que se passa com a seleção e nos ajudem.

Entre as novidades para o próximo jogo, a escolha de Igor Jesus, um dos destaques do Botafogo na temporada, em vez de Endrick, do Real Madrid, foi justificada como uma tentativa de ter mais presença na área adversária.

– Precisamos empurrar mais a última linha adversária para dentro do gol para que possamos ter jogadores chegando em condição diferenciada para criarem e preencher mais a área – respondeu.

– O que eu vejo é que o momento do Igor é muito interessante, o Endrick ainda vem buscando conhecer seu clube, o momento, está chegando no maior clube do futebol mundial tendo uma concorrência grande, mas mesmo assim dando o seu recado. Tudo é questão de também encontrarmos esse momento dele na equipe. Acho que, nesse instante, a própria experiência e o momento vivido pelo Igor seja um pouquinho diferente. Quem sabe possa ser importante a presença de jogadores com esse perfil para um jogo desse tamanho e nesse instante.

Quanto a Bruno Guimarães, Dorival Júnior fez questão de reforçar a confiança no meio-campista, mesmo que neste momento ele vá para o banco de reservas.

– Bruno é um jogador muito importante. Não é pela saída dele hoje que ele perde a importância, ele sabe disso. É apenas uma tentativa de um acerto de ter um meio-campo diferente, com um homem mais acostumado a ter mais chegada, como é o caso do Paquetá – explicou.

– Ele já executou essa função em outros momentos aqui na Seleção, de repente nós possamos repetir tudo isso. Até porque vamos ter um jogador como o Raphinha por dentro que vai dar apoio ao meio de campo. Com isso, fortalecemos um pouco mais a nossa retomada de bola e chegada ao gol adversário. Não quer dizer que, dentro da partida, o Bruno não possa manter a importância no grupo. Foi um dos melhores jogadores, senão o melhor, da Copa América – completou.

A seleção brasileira faz nesta quarta o último treino antes de viajar para Santiago. A escalação contra o Chile será: Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner; André e Lucas Paquetá; Savinho, Raphinha, Rodrygo e Igor Jesus.

– Temos que fazer nossa parte e não nos importar com resultado dos outros. Prefiro olhar com otimismo: de repente possamos ganhar mais uma posição ao final da rodada. De repente, ao final da segunda, possamos estar mais perto dos líderes. Prefiro olhar com otimismo. Confio no trabalho, no desenvolvimento e nesses meninos que aí estão – encerrou.

GE

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