O Estado Islâmico divulgou novo vídeo nesta segunda-feira em que ameaça derrubar a Torrei Eiffel, em Paris, pouco mais de uma semana após os atentados coordenados por jihadistas do grupo extremista que deixaram 130 mortos. Entitulado de “Paris entrou em colapso”, as imagens publicadas na internet mostram a base do principal ponto turístico da capital francesa sendo destruída e a construção desmoronando. O vídeo começa a ser veiculado no mesmo dia em que a França lança suas primeiras missões no Iraque e na Síria a partir de porta-aviões.
A autenticidade do vídeo ainda não foi confirmada e, segundo jornal argentino “La Nación”, a gravação foi feita a partir do quartel do EI em Aleppo, ao Norte da Síria. Uma voz em off, que se dirige aos cidadãos europeus, afirma que o EI não anunciou guerra contra o Ocidente, mas sim que as nações ocidentais iniciaram a transgressão contra o grupo extemista.
“Vocês pagarão o preço quando seus filhos forem enviados à guerra contra nós. Eles retornarão aleijados, amputados em seus caixões ou doentes mentais”, ameaça o narrador em árabe. “Vocês não se sentirão seguros nem dentro dos próprios quartos”.
O EI afirma que pretende avançar sobre Paris antes de Roma. Um homem armados mascarado elogia os atentados na França e convoca os “irmãos da França e do mundo a fazer o mesmo”. O homem chama o presidente francês François Hollande de “porco” e pergunta se ele consegue dormir normalmente em casa após destruir famílias que seguem o Islã com bombardeios nos países muçulmanos.
“Quando vocês vêm a um país muçulmano, são vocês que violam. Vocês que roubam. Vocês que matam”, diz o jihadista. “Convoco os irmãos franceses e do mundo todo a se preparar e combater como eles nos combatem”.
Um segundo militante do EI confirma as ameaças contra a Paris e Hollande pela ação da França de intensificar ataques na Síria. Ele diz que Hollande foi prevenido, mas ele ainda assim continuou a agir.
Pastor decapitado
Nesta segunda-feira, o grupo Jund al-Jilafa (Exército do Califado), afiliado ao Estado Islâmico, também divulgou um vídeo em que mostra a decapitação de um pastor adolescente no Sul da Tunísia em zona montanhosa perto da fronteira com a Argélia. Mabruk Sultani, de 16 anos, morto há uma semana, é acusado de colaborar o Exército oficial do país.
As imagens mostram o jovem algemado com as mãos nas costas enquanto é interrogado por homens que exigem a confissão de que as forças nacionais o pagam para espionar.
“Este é o destino de todos aqueles que se somam ao Exército dos tiranos da Tunísia contra os soldados do Califado”, afirma a gravação, que conclui com a decapitação de Sultani.
Segundo o “La Nación”, o corpo de Sultani foi encontrado um dia depois da morte em montanhas na região de Kaserine, local de refúgio e treinamento de jihadistas tunisianos e da região do Sahel que buscam partir à Síria para combater.
Do O Globo com agências internacionais