Os suspeitos de matar uma mulher e depois jogar o corpo da vítima na fossa séptica de uma residência no Alto da Boa Vista, em Guarabira, estavam, segundo o delegado Walber Virgulino, sob efeito de drogas. De acordo com ele, os envolvidos não estavam conscientes no momento do crime, que aconteceu na última sexta-feira (15), mas o corpo só foi encontrado na tarde do domingo (17) após denúncias de vizinhos. O motivo do crime teria sido relacionado ao tráfico de entorpecentes.
As declarações foram dadas durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (19). Na ocasião, o delegado deu detalhes de como o crime aconteceu e revelou que o acusado de executar a jovem de 26 anos foi o companheiro, que é natural de Guarabira e já cumpriu pena por latrocínio (roubo seguido de morte).
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“Quem executou Jane foi o próprio companheiro com dois tiros de revólver 38 na cabeça e mais uma pessoa participou da ocultação do cadáver. Inclusive, essa pessoa confessou que comprou três sacos de cimento, viu a vítima se debatendo no chão, pediu que o acusado chamasse o Samu para socorrê-la e ele disse que não, que ela iria pagar porque queria ‘cagueta-ló’. Então, após darem um ‘banho’ de cal, eles ocultaram o corpo dentro da fossa, vindo esse corpo ser localizado dois dias depois”, relatou Walber.
Ainda durante a entrevista, o delegado enfatizou que o consumo de drogas foi uma das causas, afirmando que o acusado não estava consciente pelo fato de ter consumido uma grande quantidade de crack antes de cometer o crime.
“Eles disseram que consumiram muita droga, principalmente crack. Estavam muito perturbados em razão desse grande uso da droga. Então, ele tirou cinco munições do revólver , deixou só uma, e começou a efetuar disparos contra a vítima, sendo que a munição apenas foi deflagrada no terceiro disparo, atingindo a testa. Isso demonstra que eles estavam inconscientes, efeito do crack que devassa a mente do ser humano e provoca essas tragédias”, explicou.