Após cerca de 10 horas de julgamento, o fotógrafo Gilberto Stuckert foi condenado por homicídio qualificado a 17 anos e seis meses de prisão, inicialmente em regime fechado. Dessa pena serão subtraídos os dois anos que Gilberto ficou preso. A sentença foi lida pelo juíz Marcos William de Oliveira. O júri popular começou por volta das 9h da manhã desta segunda-feira(28). Gilberto Stuckert era acusado de assassinar a ex-professora universitária, Bríggida Rosely de Azevedo Lourenço no dia 19 de junho de 2012.
O crime aconteceu no apartamento da vítima, no bairro Jardim Cidade Universitária, na Zona Sul de João Pessoa. O acusado, que já estava preso à espera do julgamento no Centro de Ensino da Polícia Militar, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por crime de homicídio qualificado.
Júri Popular
O juiz Marcos William de Oliveira, que preside o julgamento no 1º Tribunal do Juri de João Pessoa, sorteou os jurados e deu início aos depoimentos das testemunhas. A primeira testemunha de acusação a ser ouvida era vizinha da vítima e a única testemunha de defesa do réu, que é pai dele, não compareceu ao juri após apresentar atestado médico.
Ainda de acordo com o magistrado, as testemunhas escolheram depor na presença do réu. A imprensa tem acesso ao local, mas o juiz proibiu que fizessem fotografia do réu durante o julgamento.
O júri é composto por duas mulheres e cinco homens. Todas as testemunhas são mulheres. Por serem parentes, a mãe e uma prima de Brígida, que eram testemunhas, foram dispensadas pelo juiz, mas ouvidas como declarantes.
Tese do Ministério Público
Segundo o MP, o fotógrafo foi até o apartamento da vítima que era ex-companheira dele e assassinou por estrangulamento a professora Bríggida Rosely, que na época estava com 28 anos. De acordo com os autos, Gilberto Stuckert asfixiou Bríggida por ação mecânica sem lhe dar qualquer chance de defesa. A motivação do crime foi a insatisfação do réu com a vítima, que teria terminado um relacionamento de oito anos com ele.
Gilberto Lyra Stuckert Neto se apresentou à Justiça na tarde do dia 5 de março de 2013. Segundo a juíza Ana Flávia de Carvalho Dias, ele chegou espontaneamente ao 1º Tribunal do Júri, onde corre o processo, acompanhado do pai e de um amigo. Como havia um mandado de prisão em aberto contra o fotógrafo, ele foi em seguida conduzido para o Centro de Ensino da Polícia Millitar, onde permanece preso.
Relembre o caso
No dia 19 de junho de 2012, a professoraBriggida Rosely, de 28 anos, foi encontrada morta dentro do próprio apartamento em João Pessoa. Ela foi achada por vizinhos com sinais de estrangulamento. O inquérito foi concluído no início de julho e a polícia aponta o ex-companheiro da vítima, como único suspeito do crime.
Quando o crime aconteceu, o acusado ligou para a mãe da vítima. “Ele estava chorando e disse que tinha feito uma besteira. Ele disse que ia se matar”, contou Roselma Azevedo, mãe de Bríggida.
Com G1 Paraíba