Um homem foi morto a tiros na noite da quarta-feira (1º) no bairro do São José, em João Pessoa e ao lado da vítima, que não foi identificada, a Polícia Militar achou bilhetes com acusação de estupro. Este é o terceiro caso de homicídio com bilhetes semelhantes registrado na capital paraibana em um mês.
Segundo a PM, moradores ouviram tiros e acionaram a polícia, que ao chegar no local, já encontraram a vítima morta. Ao lado do corpo, os policiais encontraram dois bilhetes. Um deles dizia a comunidade não aceitava “tarado” e outro dizendo que “tarado tem que morrer”.
Os moradores do local não souberam dizer o nome da vítima nem o bairro em que morava, mas informaram que o homem vendia CDs na região. O corpo foi levado para a Gerência de Medicina e Odontologia Legal de João Pessoa (Gemol) e permanecia sem ser identificado até a manhã desta quinta-feira (2).
Casos semelhantes
No dia 2 de outubro, um homem de 30 anos foi achado morto com os pés e mãos amarrados em um matagal no bairro de Gramame. Do lado do corpo, foi achado um bilhete com as palavras “estuprador” e “tarado”, mas a esposa da vítima e vizinhos disseram à PM que ele nunca teve nenhum tipo de envolvimento com crimes.
Sete dias depois, um jovem de 19 anos foi morto a tiros no bairro de Mandacaru e ao lado do corpo, os policiais encontraram um bilhete escrito à mão, com as frases “tarado de criança tem vei não (sic). O certo é o certo e o errado é cobrado. Passo mal”.
À época deste segundo caso, a delegada Maria das Dores disse que nem sempre as acusações são verdadeiras. “É importante destacar que estes bilhetes as vezes são escritos para confundir a investigação então não podemos tomar nenhuma conclusão com base nisso”, informou.
Nos dois casos, a PM realizou buscas, mas ninguém foi preso.