Dayse Auricea Alves, de 40 anos, foi morta a tiros pelo marido, Aderlon Bezerra de Souza, de 42 anos, na noite desta segunda-feira (15), em um motel que fica entre a saída de Campina Grande e a cidade de Queimadas, na BR-104. Após cometer o crime, o homem mandou mensagens no WhatsApp para o irmão informando que matou a mulher e que iria se matar em seguida com um revólver.
A conversa foi divulgada à TV Paraíba pelo irmão de Aderlon Bezerra de Souza, de 42 anos. As capturas de tela mostram que às 21h02 o homem mandou “Ei, matei Dayse, estou me suicidando agora”. Em seguida ele liga duas vezes para o irmão e continua “Estou no parque motel, suíte 24, agora não tem mais jeito. ‘Xau mano’”. O irmão ainda tenta perguntar “com quem?” e Aderlon responde: “revólver”.
A mulher era gerente administrativa da Secretaria de Educação de Boa Vista desde 2015. Segundo o prefeito da cidade, na prática, ela atuava como secretária de educação do município. Já Aderlon era motorista da prefeitura. O prefeito informou que nesta terça-feira (16) será ponto facultativo para os servidores e que decretou luto por três dias.
Para a polícia, Aderlon planejou a morte da esposa. Ainda segundo o irmão dele, no dia do crime o homem deu um abraço nele e na mãe, como estivesse se despedindo. O casal, que foram casados durante 21 anos, deixa duas filhas, uma de 8 anos e outra de 17.
A delegada de homicídios responsável pelo caso, Nercília Dantas, contou que os corpos de Aderlon e de Dayse Ariceia da Silva Alves, de 40 anos, foram encontrados vestidos, um ao lado do outro na cama da suíte 24 do motel.
Segundo a delegada, o homem teria utilizado um revólver calibre 38 para atirar na boca da mulher e, em seguida, deitou ao lado dela e atirou na própria boca. “A perícia cadavérica é que vai afirmar quantos tiros foram exatamente em cada corpo”, disse.
De acordo com a polícia, o casal estava separado há 9 dias. Mas, segundo a família, Dayse e Aderlon já não viviam na mesma casa há cerca de um ano, quando o homem decidiu ir morar na casa da mãe dele.
“Desde que ela deixou ele, ele estava em depressão e não aceitava o fim do relacionamento, acompanhava tudo o que ela publicava nas redes sociais. Na sexta-feira (12), foi o aniversário dela e eu fiquei monitorando ele o dia todo, já imaginado que ele poderia fazer algo contra ela”, disse o irmão de Aderlon em depoimento à TV Paraíba.
À princípio, a polícia acredita que Aderlon teria convidado a esposa para comemorar o aniversário dela no motel onde o crime aconteceu. Na manhã desta terça-feira (16), a delegada Nercília Dantas informou ao G1 que, pelas circunstâncias do crime, o casal teria entrado no local em comum acordo.