PILÕEZINHOS (PB) – Vivendo o pós novenário de São Sebastião, ainda tentando enxergar as lições de uma programação atípica em face da pandemia da Covid-19, compartilho reflexões que podem nortear passos futuros. Antecipo que ninguém é obrigado a concordar, respeitar já é o bastante, obrigado.
Falando das impressões:
- A festa religiosa e a festa social podem acontecer separadamente, em períodos distintos e sem maiores estresses. Aliás, o ano 2021 ensinou que a tradição é mais forte do que interesses individuais e que pode faltar palco, parque e afins, menos o religioso – o sentimento é de manutenção da promessa e ponto final. O resto, não menos importante, pode ser revisto, conforme havia comentado que a pandemia mostrou que o extraordinário é demais.
- A novena, na modalidade ao ar livre, chegou com ares de continuidade. Diante de um espaço limitado na Igreja Matriz, a sensação das pessoas era de alívio e conforto. Embora sabendo que este ano apenas a programação religiosa estava em curso – logo todos os olhos se voltaram para o sagrado. Sem festa na rua, o religioso foi realçado e favoreceu a oração. Contudo, não se deve descartar um replay. Eu gostei!
- A “procissão mirim” dos pequenos devotos de São Sebastião foi lindamente representativa. É exatamente o que nutre uma tradição: ensinar de geração em geração! Afinal são as crianças que melhor aprendem e é na infância que devemos ensinar. Será difícil não incluir os pequeninos nos anos seguintes.
- Quanto aos aspectos estruturais ou estratégias, sempre haverá o que fazer e melhorar. Mas ninguém pode tirar o brilho dessa tradição, nem mesmo a pandemia. Que bom que podemos dizer de novo: “Viva a São Sebastião!”.
Rafael San – ManchetePB