Um levantamento divulgado pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Seds) mostra que nos três primeiros meses de 2016, 132 cidades paraibanas não registraram homicídios. No mesmo período de 2015, 127 municípios integravam a lista das cidades sem assassinatos.
De acordo com o Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace), em termos percentuais, a área de Princesa Isabel foi a que registrou a maior redução (50%) no índice de assassinatos no primeiro trimestre de 2016, entre as dez das 20 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp).
Os índices de João Pessoa caíram 8,3% e 23,2%, respectivamente nas áreas Norte e Sul. Também registraram quedas as Aisp de Alhandra (38,7%), Santa Rita (26,7%), Itaporanga (23%), Itabaiana (16,7%), Patos (15%), Cajazeiras (12%) e Guarabira (5,6%).
Ainda conforme o boletim, o número total de homicídios no primeiro trimestre também caiu. Uma queda de 6,7% foi registrada no número de assassinatos ocorridos em território paraibano de janeiro a março de 2016 em comparação com o mesmo período de 2015.
Município mais violento
Analisando especificamente as cidades paraibanas com mais de 100 mil habitantes, Santa Rita, na Grande João Pessoa, surge como o município mais violento no primeiro semestre. Com base nos dados da Seds, aplicando a metodologia de cálculo da Organização das Nações Unidas (ONU), é possível constatar que Santa Rita apresenta uma taxa 19,2 casos de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) por grupo de 100 mil habitantes. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), locais com índices iguais ou superiores a 10 são considerados zonas endêmicas de violência.
Abaixo de Santa Rita na lista das maiores taxas, pela mesma metodologia, aparecem as cidades de Patos, no Sertão paraibano, com uma taxa de 13,3 homicídios a cada 100 mil habitantes e João Pessoa, com um taxa de 12,3 homicídios a cada 100 mil habitantes. Campina Grande, que completa a lista de cidades paraibanas com mais de 100 mil habitantes, apresentou um taxa de 8,8 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes.