Contrários a medida adotada pelo Governo do Estado que faz com que o Hospital Distrital de Belém, deixe de ser hospital e passe a funcionar apenas como Unidade de Pronto Atendimento, e as demissões que aconteceram, os moradores da cidade bloquearam a PB-073, na manhã desta quinta-feira (05). Essa é a segunda vez que a rodovia é bloqueada em pouco mais de duas semanas.
Com a decisão, chega ao fim as cirurgias e outros atendimentos mais complexos no hospital, que atende ainda moradores de Caiçara, Logradouro, Tacima, Bananeiras, Serra da Raiz.
O primeiro protesto aconteceu no dia 15 de outubro. Os moradores de Belém e região fecharam os trechos da PB-073 que dão acesso as cidades de Pirpirituba e Belém e de Tacima a Belém. Após acordo, os trechos foram liberados. No entanto, segundo os manifestantes, o acordo não foi cumprido e, por isso, eles voltaram a fechar a pista nesta quinta-feira.
Dias depois do primeiro protesto, o Secretário Executivo de Comunicação da Paraíba, Célio Alves, utilizou a Rádio Rua Nova 87,9 FM de Belém, para esclarecer as razões que levaram o Governo do Estado a demitir funcionários do Hospital Distrital de Belém e a fazer mudanças na unidade. Segundo ele, o objetivo do Governo é coibir o uso indevido da unidade, que chegou a admitir que uma ex 1ª dama do município recebesse vencimentos sem nunca ter atendido a comunidade, entre outras irregularidades.
Sobre o funcionamento da repartição, o secretário pontuou que a população deve dar um crédito ao Governo e aguardar as mudanças que no final serão para o bem de todos. Para Célio, não se pode condenar o Estado por antecipação, já que as medidas são na direção da melhoria dos serviços. No tocante ao encaminhamento de casos mais complexos para o Hospital Regional de Guarabira, ele lembrou que isso vem ocorrendo há anos e agora será melhor regulado a partir da nova política de saúde do Governo. O representante do Governo também ponderou que alguns funcionários, que recebiam sem trabalhar ou não cumpriam suas obrigações, serão substituídos por novos quadros, o que garantirá o funcionamento normal dos serviços em Belém.
Até às 08h30, a manifestação acontecia e o trânsito de veículos, com exceção apenas para ambulâncias e viaturas da polícia, estava interrompido. Os líderes do manifesto querem por escrito uma posição oficial da Secretaria Estadual de Saúde.