Se o caminhante faz o caminho caminhando – como disse o poeta-, em Pilõezinhos se nivela o caminho asfaltando.
Que falem as mulheres e seus saltos. Era injusta a luta que elas travavam com as pedras irregulares do calçamento histórico de Pilõezinhos – eram paralelepípedos da inauguração da cidade, da década de 60.
As moças arrumadas dos estandartes de São Sebastião não sentirão falta do desnível a cada janeiro. Até os mais fervorosos devotos do Santo Mártir, ao pagarem suas promessas com os pés descalços, vão agradecer.
As brincadeiras e maratonas do 7 de setembro serão mais confortáveis. Até os jumentos, que vão para a tradicional corrida do feriado, irão “rinchar” de alegria.
O asfalto só pode desaparecer quando for coberto pelo tapete humano que vai dançar aos pés do palco principal num dos maiores pátios de eventos da região, com o alargamento da ponte central.
Já dá pra ver… Raízes do Brejo e a Hora da Graça reunindo o povo podendo espalhar cadeiras no asfalto, tudo nivelado. Será lindo!
Ciclistas, esportivas e a turma da caminhada, podem comemorar. Será melhor infinitamente.
Infelizmente alguns continuarão a tropeçar nas pedras tristes de nossas ruas, mesmo diante do asfalto. São exatamente aqueles que continuarão a levar grandes “topadas” nas pedras de sua cegueira e ignorância eleitoral, os mesmos que vêem tudo pela ótica de um partido. São aqueles que continuarão a “trupicar” nas pedras da inveja e da politicagem que alimenta uma disputa tola por cargos e geram discórdias.
Ninguém merece viver de topadas e tropeços. Merecemos coisa melhor. E isso está diante de nossos olhos, basta abri-los. Discordar politicamente é uma coisa, manter pedras em nossa frente é outra.
Avante Pilõezinhos! O passado é uma roupa que já não te veste mais. Que bom Pilõezinhos, ousastes fazer a travessia e mudar para a outra margem do rio. Não há mais volta! É tempo de continuar a avançar! E o nome desta mudança atende por um nome: Mônica Cristina!
Rafael San