Na natureza
O Girassol é o nome de uma planta que possui a particularidade de ser heliotrópica, ou seja, gira o caule sempre posicionando a flor na direção do sol.
De acordo com a sabedoria popular a flor de girassol significa felicidade. Sua cor amarela ou os tons cor de laranja das pétalas podem simbolizar valor, lealdade, entusiasmo e vitalidade, refletindo a energia positiva que emana do sol.
Na pintura
Van Gogh pintou ao todo sete quadros na série “Girassóis”, que são interpretados como a representação da renovação da vida a partir dos ciclos contínuos de vida e de morte.
Na Paraíba
O Girassol foi símbolo de um projeto político que representava a o fim das oligarquias, das famílias que se perpetuavam no poder há décadas, e acima de tudo, no comportamento do eleitor paraibano, que abandonou as cores partidarias e passaram a votar pelo desenvolvimento, pela construção, pelo feito – e não pela promessa.
O ciclo de vida de um girassol é curto, 12 meses. Na Paraíba, durou um pouco mais. Mas parece que o ciclo do projeto plantado pelo ex-governador Ricardo Coutinho vai girando o caule e posicionando sua última florada na direção do sol.
Em um dos seus discursos, ao lado do senador Veneziano, o governador João Azevedo disse que não caiu de paraquedas no governo e que foi eleito pelo por vontade da população.
Ouça
De fato, Ricardo Coutinho não elegeu João, nem Veneziano, e nenhum dos deputados – estaduais ou federais. Foram os paraibanos que acreditaram nas palavras, em um projeto de governo, em 8 anos de trabalho que mudou a cara, as rodovias, os eventos, as obras e a história dos 223 municípios da Paraíba.
E nisso tudo teve o dedo, as mãos, e a mente do Mago, Ricardo Coutinho – que foi a primeira semente a “cair de paraquedas” nesse projeto, que começou a brotar em 2003, quando ele deixou o PT foi carregado pelo vento até o PSB.
Em João Pessoa, Ricardo Coutinho ganhou números, corpo e mente. Em 2004, foi eleito prefeito de João Pessoa – em primeiro turno, com 64,45% dos votos. Reeleito em 2008, também em primeiro turno – com 73,85% dos votos. Em 2010, alcança a Paraíba e bate a marca de 1.079.164 votos, derrotando historicamente Cássio Cunha Lima. Em 2014 obtem 1.125.956 votos e bate novamente Cássio Cunha Lima, com uma diferença de mais 111 mil votos.
Nem só de acerto foi a “Era Ricardo Coutinho”, mas ela foi marcada por grandes feitos, grandes obras e muita mudança por todo o Estado. De fato, a Paraíba deu um grande salto.
Ricardo abriu mão de ser eleito senador, deixou de fazer campanha própria para fazer campanha para os outros. Levou porrada da oposição e conseguiu livrar das críticas e isolar João e uma porção de candidatos. Candidatos esses, que faziam fila para ter fotos e vídeos com o Mago.
Mas, Ricardo Coutinho não elegeu nenhum deles. Apenas foi usado por eles. Terminando sua gestão a frente do governo da Paraíba com 84% de aprovação.
E uma verdade nisso tudo precisa ser dita: Ricado Coutinho, você foi enganado!
Enganado, e usado. Em santinhos, adesivos, áudios, fotos e vídeos. Nas redes sociais, nos jingles, nos guias eleitorais. Foi sim!
E hoje, RC não serve mais. Não elege ninguém, não tem o “poder” nas mãos.
Em um de seus poemas, Carlos Drummond de Andrade escreve:
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história
Com uma enome base feita, o problema de RC foi ter amado demais.
Ricardo amou João, que amava Veneziano que amava Hervázio Bezerra que amava Adriano Galdino que amava Roberto Paulino… [Ouça]
Sim, Adriano Galdino amava Roberto Paulino. [Ouça]
Agora, Adrino Galdino quer que Ricardo Coutinho reconheça que errou.
E tenho que concordar com Adriano: Reconheça, Ricardo – que errou, em ter amado demais.
E pra finalizar, antes de partir, o cantor Gabriel Diniz – o GD, deixou uma música que parece retratar bem tudo isso que está acontecendo na politica paraibana: Paraquedas.
Dos Bastidores
no ManchetePB