O nascer de um novo Ano trouxe à pequena e pacata de Pedro Régis, cidade do litoral paraibano, o despertar de uma nova era. Depois de 16 anos de um mesmo grupo político no poder, eis que em 2020 a população opta pela mudança, escolhendo a professora universitária Michele Ribeiro para administrar os destinos da cidade pelos próximos quatro anos (2021/2024).
A alternância de poder é salutar para consolidação da democracia? Sim! Mas isso em qualquer outro lugar do mundo, em Pedro Régis não. A certeza da continuidade, de perpetuação no poder, com alternância apenas de quem liderava, porém do mesmo grupo político, engessou algumas mentes ao ponto de tornarem-se incapazes de distinguir o bem público do privado. Essa noção não existia mais.
O cansativo mas necessário processo burocrático chamado de Transição não aconteceu de fato. De acordo com a nova equipe, informações foram omitidas. Relataram, inclusive, a falta de acesso a documentos. Dados financeiros importantes para o ponta pé inicial de qualquer agente público em início de mandato foram simplesmente negligenciados, mesmo sendo direito da nova gestão.
Importante lembrar que toda gestão municipal é pública, no entanto para o grupo perdedor do último pleito, não era assim, e a próxima gestão que lute para correr atrás do prejuízo.
Ao que parece os quarenta e cinco dias que se passaram depois da derrota humilhante nas urnas, não foram suficientes para que a equipe administrativa do agora ex-prefeito Baia pudesse entender a mensagem do povo que veio das urnas: a de que teriam que se despedir. O povo quis mudança.
Segundo a Comissão de Transição, nem mesmo os vasos com plantas que embelezavam a sede da Prefeitura escapou. Onde foram parar? Só Deus sabe.
Parafraseando ao nosso modo o adágio da fatídica Lei de Murphy, dizemos que aquilo que está ruim sempre pode piorar, e piorou. Até a entrega das chaves da Prefeitura e demais equipamentos públicos levou mais de 19 horas para ser concluída. Vai? Não foi! É agora? Não pode ser! E eis que só a noite durante o Ato Ecumênico que celebrava a chegada do Ano Novo e da nova equipe gestora, surgem os fiéis escudeiros do ex-gestor para entregá-las.
E assim, em mais um, porém último ato de má fé, melancolicamente se encerrou a desastrosa gestão do ex-prefeito Baia. Finalmente… fim.
Bastidores Manchete PB