A Paraíba registrou a abertura de 4.293 vagas de emprego formal em agosto, registrando o melhor desempenho do país na geração de empregos para o mês. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado do mês na Paraíba representa um crescimento de 1,06% em relação ao total de assalariados com carteira assinada em julho e, segundo o Caged, é decorrente das atividades de fabricação de açúcar e do cultivo da cana, ligadas aos setores de indústria da transformação e agropecuária, respectivamente.
Ainda segundo o Caged, dentre os municípios com mais de 30 mil habitantes, Santa Rita (1.470 novos postos de trabalho) e Mamanguape (1.180 vagas criadas) foram as que mais geraram emprego no estado em agosto e ocupam a segunda e a terceira posições do ranking nacional de geração postos formais.
Do total de vagas criadas, 3.064 foram na indústria da transformação e 1.870 foram na agropecuária. Além destes, também registraram crescimento no total de empregados o setor de serviços (114 contratações) e a administração pública (7) contratações.
Por outro lado, o pior resultado foi verificado no comércio, com 590 postos de trabalho fechados, seguido da construção civil (143 vagas extintas).
Acumulado dos últimos 12 meses
Mesmo com o resultado positivo em agosto, o saldo dos últimos doze meses, na Paraíba ainda está negativo, registrando mais demissões que contratações. No período de 12 meses foram fechadas 4.078 vagas de trabalho. Os dados fazem parte da série com ajustes, que incorpora as informações declaradas fora do prazo.
Colheita da cana-de-açúcar
Segundo Edmundo Barbosa, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool), o aumento no número de contratações no setor neste período se deve ao preparo para a safra da cana-de-açúcar. “Este período de alta contratação vai de julho até setembro. A maioria das vagas são para áreas relacionadas ao preparo da colheita, e a maior parte das contratações são pra cortadores de cana, que normalmente são moradores dos municípios onde ficam as usinas. Mas também há uma boa parte de vagas destinadas a cargos dos setores de transporte, manutenção e armazenamento, como tratorista, mecânico de automóveis a diesel, eletricista de automóveis, entre outros”, comentou.
Carlos Figueiredo, Gerente de Recursos Humanos de uma usina da cidade de Santa Rita explica que estas contratações são temporárias. “Os contratos feitos em julho e agosto são feitos para até o mês de maio, quando as indústrias entram no período de manutenção”, diz. O gerente comenta também que anualmente, quando o período de safra volta, os trabalhadores procuram novamente as empresas. “Cerca de 60% das pessoas contratadas nesta época já trabalharam alguma vez nas mesmas indústrias ou em usinas da região, mas também nos preocupamos em contratar mão-de-obra nova”, completa.
Do G1 Paraíba