A Polícia Federal deflagrou na manhã desta 5ª feira (26) em Brasília e em Minas Gerais operação contra 1 assessor e 2 ex-assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em razão de investigação sobre candidaturas de laranjas do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, na eleição de 2018.
Essa é a 2ª fase da operação Sufrágio Ostentação. A operação foi autorizada pela Justiça de Minas Gerais, que determinou mandados de busca e apreensão e 3 mandados judiciais de prisão temporária, em Brasília e nos municípios mineiros Governador Valadares e Ipatinga.
Atendendo aos mandados judiciais, a PF cumpriu duas prisões, sendo uma de Mateus Von Rondon Martins, assessor especial do Ministério do Turismo.
O outro preso foi Roberto Silva Soares, conhecido como Robertinho Soares, que foi coordenador da campanha do ministro em Minas e atuou como assessor de seu gabinete na Câmara dos Deputados de 2015 a 2018.
Em nota, o Ministério do Turismo disse que “é importante esclarecer que não há qualquer relação entre a investigação da Polícia Federal e as funções desempenhadas pelo assessor especial Mateus Von Rondon no Ministério do Turismo”. “O órgão aguarda mais informações para se pronunciar sobre o caso”, diz a nota.
ENVOLVIMENTO DE MINISTRO
As suspeitas do caso também envolvem o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que era presidente do diretório do PSL em Minas Gerais. Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em 4 de fevereiro, o ministro teria patrocinado 1 esquema de laranjas no Estado que direcionou verbas públicas de campanha eleitoral para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara.
De acordo com a reportagem, o ministro indicou ao comando nacional do PSL e repassou R$ 279 mil para as candidatas Lilian Bernardino, Milla Fernandes, Débora Gomes e Naftali Tamar.
Marcelo Álvaro negou as acusações e em entrevista ao Jornal do SBT, em 25 de fevereiro, afirmou que “ninguém foi plantado pra ser candidato ou candidata” pelo PSL no Estado. O ministro ainda tentou levar a investigação do caso para o âmbito do STF (Supremo Tribunal Federal) em razão da prerrogativa do foro privilegiado. Mas o ministro Luiz Fux rejeitou o pedido. As informações são do portal Poder360.
Valdelânio Benjamim – ManchetePB