O prefeito de Mogeiro, José Alberto Ferreira, fez uma denúncia à Polícia Federal em que relata ter sido vítima de um golpe por meio do WhatsApp. Segundo ele, R$ 50 mil de verbas federais foram transferidos para uma conta particular. O advogado Johnson Abrantes informou nesta quinta-feira (23) que, além desse caso, outros três prefeitos do Agreste da Paraíba registraram Boletins de Ocorrência (BO) junto à Polícia Civil, afirmando serem vítimas do mesmo golpe.
De acordo com o relato feito à polícia na segunda-feira (20), o número do WhatsApp do prefeito foi clonado, e pessoas da agenda dele, principalmente aquelas com vínculo com a administração municipal, foram coagidas a fazer transferências bancárias. Primeiro, os criminosos pediram que um secretário fizesse transferências para contas de terceiros, sob alegação de que o limite diário do prefeito estava ultrapassado. Foram feitas transferências de R$ 750 e R$ 800.
Em seguida, outra secretária foi contatada. Segundo o prefeitos, os criminosos pediram que ela fizesse uma transferência de R$ 50 mil do Fundo Municipal de Saúde (FMS) – recursos do Governo Federal – para uma conta pessoal, argumentando que precisava fazer o pagamento de forma urgente e que depois resolveria a situação para prestar contas.
A partir daí, o prefeito percebeu que teve o WhatsApp clonado e solicitou o bloqueio das linhas dele e da esposa à operadora. Segundo ele, o aplicativo estava sendo usado sem seu conhecimento desde 14 de novembro. Na denúncia, ele ainda informou que deixou o celular em uma assistência técnica por um período de 20 dias.
Em contato com a Polícia Federal, a assessoria de imprensa alegou que estava impossibilitada de informar sobre o recebimento da denúncia.
O advogado Johnson Abrantes afirmou que o golpe já foi comunicado ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) e Tribunal de Contas da União (TCU).
Golpe em outros municípios
Abrantes explicou que outros três prefeitos também foram vítimas do golpe. Os casos aconteceram com os prefeitos Paulo Fracinette, de Massaranduba, Severo Neto, de São Sebastião de Lagoa de Roça, e Bevilacqua Matias, de Juazeirinho.
Como não houve transferência de verbas federais, apenas particulares dos contatos dos prefeitos, eles fizeram registros do golpe nas respectivas delegacias da Polícia Civil. As informações são do G1 Paraíba.