Os quatro anos vividos longe do banco de reservas ensinaram a Ricardo Gomes que a pressa é inimiga da perfeição. Por isso, o treinador assumirá somente na próxima quarta-feira o lugar deixado por René Simões no Botafogo. O adversário de estreia será o Luverdense, no dia 1º de agosto, no Nílton Santos.
Uma condição imposta pelo treinador foi receber o bastão de Jair Ventura apenas depois dos confrontos contra o Bahia, amanhã, às 16h30, na Fonte Nova, e o Criciúma, na terça-feira, às 21h50, no Nílton Santos. Mas a cabeça já está voltada para o trabalho. Na segunda-feira, Ricardo começará a se relacionar com o departamento de futebol.
— Começo a interagir na volta da viagem (de Salvador) e a trabalhar mesmo na quarta — disse Ricardo.
A ansiedade está sob controle. Desde o AVC sofrido no fim de agosto de 2011, o treinador luta para voltar ao campo:
— A busca ao longo desse tempo foi para recuperar a saúde, encontrar condições para voltar. O Botafogo sabe da minha condição, que não é idêntica a de antes do AVC. Mas conseguirei trabalhar pelo bem do Botafogo.
O AVC não vinha sendo o entrave ao retorno. Em março, Ricardo recusou uma proposta do Vitória porque se recuperava de uma cirurgia no joelho direito realizada em janeiro.
— Não tenho mais dor. Mas é um joelho gasto devido a uma lesão de 1984. Não faço o que fazia, por falta de mobilidade. Mas conseguirei dirigir os treinos — explicou o ex-zagueiro, que terá Luiz Otávio como auxiliar.
Já o Botafogo não tem preocupações em relação a condição física de Ricardo. Caso seja necessário, o departamento médico do clube estará à disposição do treinador.
— O Botafogo sempre viaja e tem seus deslocamentos com um médico e um fisioterapeuta. Caso seja necessário, não vemos problema algum do Ricardo ter algum auxílio — disse o vice de futebol Antônio Carlos Mantuano.
Do Extra