Subiu para 130 o número de mortos nos atentados do dia 13 em Paris. A informação é do primeiro-ministro da França, Manuel Valls, e foi dada na tarde desta sexta-feira (20). Até então, o número oficial de vítimas fatais dos ataques simultâneos era 129. O governo francês afirmou que há mais de 350 vítimas, muitas delas em estado grave.
“Terroristas mataram sem piedade, aniquilando 130 vidas”, afirmou o primeiro-ministro em audiência no Senado francês. Segundo a agência de notícias Reuters, a equipe de Manuel Valls confirmou que o balanço foi atualizado.
Esse é o pior ataque à França na história recente.
Investigações
Uma semana após os atentados, a segurança continua rígida dentro da França e as autoridades francesas e de outros países europeus continuam investigando como um grupo de militantes do Estado Islâmico conseguiu planejar e executar tantos ataques simultâneos sem levantar suspeitas.
Nesta sexta, em uma reunião extraordinária em Bruxelas, os ministros da União Europeia concordaram em acelerar a criação de leis que reforcem os controles das fronteiras externas da UE. Entre as medidas, segundo a Reuters, está o cruzamento das informações dos viajantes europeus que cruzam as fronteiras com bases de dados criminais e de segurança (hoje, os passaportes recebem apenas uma checagem visual), e um maior compartilhamento de dados de passageiros que entram e saem do bloco de avião.
Desde o dia 13, diversas pessoas já foram detidas ou interrogadas na Bélgica, naHolanda, na Alemanha e na Suécia.
Na quinta-feira (19), a Bélgica rebateu críticas de que não fiscalizou a movimentação dos terroristas, que já tinham sido fichados e deveriam ter seus movimentos monitorados pelas autoridades.
Entre os suspeitos do atentado que tiveram a identidade divulgada pelas autoridades, um segue foragido. Na última grande operação policial, executada na quarta-feira (18) em Saint-Denis, na periferia ao norte de Paris, três pessoas morreram, inclusive o homem apontado como principal mentor dos ataques.