Chegou ao fim a campanha de Zico para a presidência da Fifa, nesta segunda-feira. O brasileiro tinha até este dia 26 para apresentar as cinco indicações que o possibilitariam concorrer às eleições, que serão realizadas no dia 26 de fevereiro, em Zurique, na Suíça.
Atualmente técnico do Goa FC, da Índia, Zico chegou a buscar apoio das federações dos países em que tinha alguma ligação histórica. Conseguiu as indicações das federações de São Tomé e Príncipe e Angola.
“Confirmamos que saímos da corrida porque vimos que seis federações que estavam apalavradas começaram a retroceder. Elas prometeram apoio, mas depois evitaram”, disse Ricardo Setyon, consultor sênior de relações internacionais e comunicação da campanha de Zico.
O jornalista, que trabalhou por 15 anos na Fifa, disse que a decisão foi tomada após a mudança no panorama.
“Antes no começo da campanha, o Zico fez questão de fazer a primeira visita à CBF. Depois disso, houve uma avalanche de mudanças no panorama. A expulsão do Valcke, suspensão do Blatter e do Platini. O presidente da Conmebol apoiava o Platini, anunciou que mesmo assim, apoiava. Só que alguns dias depois a Inglaterra retirou o apoio. A gente não esperava que ela revisse seus conceitos e apoiasse o Zico. A pergunta que faço: já que eles não podem votar no canditato que gostariam, para quem irão esses votos, inclusive o da CBF?”, questionou.
“A grande esperança da campanha era de que a CBF, ao invés do quinto voto após as mudanças, se transformasse no primeiro voto, o que não aconteceu. O Zico era o único candidato que não tinha o apoio oficial do seu próprio país. Quando vimos que estávamos nessa situação, resolvemos mudar”, afirmou.
“Por enquanto, o Zico irá cumprir o contrato dele com o Goa, da Índia, mas a ideia é mostrar que a falta de experiência é um dos grandes triunfos dele. Ele abriu um grande debate para mudarmos esse sistema. Ele não tem mágoa nem revolta com a CBF e em um futuro próximo buscaremos novos desafios no futebol”, analisou.
Do ESPN