A Paraíba já teve 30.610 casos prováveis de dengue no período de 1º de janeiro a 28 de maio deste ano (21ª semana epidemiológica de sintomas), de acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta terça-feira (14). Os números correspondem a um aumento de 133,80% em relação a 2015.
Ainda segundo o boletim, foram registrados 30 óbitos suspeitos de dengue, sendo quatro confirmados, dez descartados e 16 seguem em investigação.
No mesmo período foram notificados 8.276 casos suspeitos de chikungunya. Foram notificados também sete óbitos suspeitos da doença, nos municípios de Monteiro (1), Aroeiras (1), João Pessoa (2), São José do Umbuzeiro (1), Soledade (1) e Santa Cecília (1). Destes, dois óbitos foram confirmados e os demais estão em investigação. A faixa etária varia de recém-nascido até 92 anos, mostrando que a susceptibilidade independe da idade.
O boletim destaca que a estratégia mais efetiva para evitar os óbitos causados pela dengue, zika e chikungunya é a detecção precoce dos casos suspeitos combinado com o manejo correto, de acordo com o agravo.
Com relação ao zika vírus, de 1º de janeiro a 30 de maio de 2016, foram registrados 3.003 casos notificados como suspeitos. Existem atualmente na Paraíba três Unidades Sentinelas do zika vírus implantadas (Bayeux, Campina Grande e Monteiro), conforme recomendação do Ministério da Saúde.
Guillain-Barré e outras manifestações neurológicas
Foram informados pelos serviços hospitalares, de julho de 2015 até o dia 28 de maio, 38 casos suspeitos, sendo 16 descartados, seis confirmados e 16 em investigação por suspeita de ter correlação com chikungunya/zika/ dengue.
A SES informou que vem recomendando a todos os serviços de saúde a comunicação à Área Técnica Estadual da Vigilância Epidemiológica e a Coordenação Estadual dos Núcleos Hospitalares de Vigilância Epidemiológica, por meio de formulário com dados específicos, com o objetivo de acompanhar e investigar quais possíveis agentes etiológicos desencadearam as manifestações neurológicas com infecção viral prévia de até 60 dias antes.